Mindset do Coração - Resenha crítica - Suryavan Solar
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Mindset do Coração - resenha crítica

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Espiritualidade & Mindfulness

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Mindset do Coração: Mude sua maneira de amar e ver o mundo para viver a felicidade e a realização

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-452-0235-4

Editora: Editora Gente

Resenha crítica

Os três Centros

Todos os seres humanos funcionam a partir de três centros: o Mental, o Emocional e o Instintivo. Eles são nossas janelas e portas para interagir com o que existe à nossa volta. É isso que nos ajuda a notar o mundo e os outros, percebendo as relações e as melhores formas de atuar.

Cada indivíduo se identifica preferencialmente com um dos Centros, que é seu principal. Nem sempre ele é o mais desenvolvido, mas aquele que está mais fortemente vinculado e, assim, o que mais influencia o modo como cada pessoa percebe a si mesma. É desse núcleo que saem as chamadas “respostas automáticas” aos diversos desafios que enfrentamos diariamente.

Nosso principal centro relaciona-se, também, com o nosso principal Mindset, isto é, o nosso conjunto de percepções. Tal como existe uma mentalidade pessoal, há, similarmente, um Mindset familiar, de grupo ou empresa e, também, uma mentalidade social.

Assim como a sociedade em geral, temos dado força ao Centro Instintivo, potencializando a busca por dinheiro e sexo, e ao Mental, incitando o aprimoramento profissional e o bombardeio ininterrupto de informações. Portanto, o Centro Emocional tem sido sumariamente ignorado.

Como consequência disso, temos maiores dificuldades de conviver com ele, administrá-lo e decifrá-lo. Vivenciamos os relacionamentos como negócios ou intercâmbios de interesses.

Nesse contexto, a Emotividade é, frequentemente, associada à debilidade. Adotamos estilos de vida mais masculinizados, direcionados à conquista e obtenção de posições e coisas, reforçando a robotização e a mecanicidade dos seres humanos. Esse cenário tem nos guiado em direção a um espaço no qual não é permitido sentir. Resumindo, vamos vivendo cada vez mais desconectados de nossos corações.

O Centro Instintivo

O Centro Instintivo, sem caminho, nos domina. Ele governa, como seu próprio nome sugere, os instintos, os elementos corporais ou físicos de cada um. A sua fortaleza reside nas forças físicas, na ação, nas intenções e nos resultados.

Os indivíduos que os priorizam são, em geral, aqueles que apreciam cultivar a forma física, praticar atividades esportivas, se movimentam com afinco, possuem caráter forte, gostam de cargos de liderança e das conquistas, da autoridade e do poder.

O Centro Mental

A grande força do Centro Mental encontra-se nos pensamentos e na racionalidade. Ele se relaciona ao intelecto e à mente (tanto racional quanto irracional), aos estudos, à reflexão, ao entendimento, ao aprender e conhecer e ao saber necessário para ensinar. Sua busca mais importante é pela consciência, verdade e sabedoria.

As pessoas “Mentais” dedicam-se continuamente a aprender coisas novas, buscando seus interesses intelectuais. Elas tendem a ser mais solitárias e desejosas de saber tudo. Estudam e pensam bastante e, por esse motivo, às vezes tornam-se muito indecisos ou metódicos.

Elas têm muitos conceitos e padrões, custando-lhes fluir naturalmente com a vida e a atuar de forma espontânea, embora sejam excelentes professores e aprendizes, criativos e investigadores.

O Centro Emocional

O Centro Emocional concentra-se na busca por receber e dar amor. A sua grande força está justamente nessa capacidade de amar. Logo, a sua busca se relaciona à manifestação desse sentimento por meio das relações e das emoções. As pessoas que têm no Emocional o seu centro principal buscam, antes de mais nada, pertencer.

Elas almejam sentirem-se parte de um grupo ou uma equipe (seja familiar, de amigos ou englobando a humanidade inteira). Priorizam, naturalmente, as características “humanas” e preocupam-se com os seus semelhantes (não tanto com o conhecimento ou com os resultados).

Tratam-se, em suma, daqueles indivíduos mais amáveis, doces e harmoniosos, que gostam de estar na companhia de terceiros. Assim, mostram-se mais acolhedores, apreciando o trabalho em equipe e a cooperação. Elas não são altamente competitivas, à medida que são motivadas pela busca da Felicidade, mais do que por ideais ou por dinheiro.

O Quarto Centro

O Quarto Centro surge apenas quando somos integrais. Estes seres são muito raros de se encontrar, uma vez que são as pessoas que já aprenderam a harmonizar e a trabalhar os três centros.

Os “Integrais”, portanto, são capazes de integrar todos demais Centros em suas vidas diárias, dominando-os e utilizando-os de modo positivo nas situações correspondentes. Além disso, são pessoas mais espirituais, orientando-se ao sagrado, ao desconhecido, ao invisível.

A primeira medida a se tomar, antes de se tornar Integral, consiste em saber identificar o seu Centro Principal para ativá-lo e, posteriormente, aprender como lidar com ele. Na sequência, eles passam a despertar e lidar com os outros três centros, visando sua harmonia e plena integração.

Para que isso seja feito, é necessário colocar em prática um processo de capacitação e treinamento que implica, sobretudo, em:

  • Levar elementos inconscientes à consciência, isto é, tornar-se responsável pelas suas próprias emoções, ações e pensamentos;
  • Desenvolver ações produtivas e buscar um excelente senso de proteção;
  • Cultivar as emoções positivas e apoiar as pessoas;
  • Utilizar a mente para pensar, aprender e projetar uma vida realmente valiosa.

Esse processo implica, também, em abordar os aspectos animais, trabalhar as características humanas e, então, chegar a Deus. Isso só ocorre quando prestamos a devida atenção ao nosso coração, ao Centro Emocional, pois é no coração que se encontra nossa Alma, a nossa parte Essencial. 

Apenas quando abrimos os nossos corações somos capazes de acessar esses espaços da consciência e efetivamente chegar ao ser.

Longe do coração

As crianças crescem presumindo que o mundo responderá às suas expectativas e elas serão atendidas todo o tempo, exatamente como quando eram bebês. As mães que, aparentemente, desenvolvem amor incondicional pelos seus filhos, algo muito profundo, um dia se dão conta (ou não) do fato de que também manipulam os filhos, gostando das coisas ao seu modo e, necessariamente, contrária às vontades de outros.

Os pais e as mães tendem a exigir que os filhos se comportem de uma determinada forma, que permaneçam quietos, em silêncio, que não façam birras nem bagunças. Isto é, que concordem e se encaixem em suas visões de mundo. Sem perceberem, passam a condicionar seus filhos ao mal e ao bem, ao errado e ao certo, de acordo com os seus critérios.

Desse modo, os filhos perdem, aos poucos, a espontaneidade, adequando-se a um mundo condicionado por seus pais, pelas religiões a que estes aderem, pela sociedade e pela mídia. Tudo isso os leva a focar no inferior e no exterior, nas coisas que o mundo oferece.

É iniciada, então, uma corrida por ser o mais esperto ou o mais inteligente, o melhor nas práticas esportivas, o que obtém mais dinheiro ou consegue os melhores empregos. Essas buscas nos levam a desejar sempre mais e mais: mais poder, mais conhecimento, mais prazer e mais dinheiro.

Retornando ao coração

É bem mais nos decepcionar e culpar os outros do que vislumbrar nosso coração e as feridas existentes em nossa alma. Embora você tenha que cuidar de si e se responsabilizar pelos seus sentimentos, essa iniciativa o permitirá curar definitivamente a sua vida.

Com o trabalho de “Gestão Emocional” proposto pelo autor, você poderá elevar o seu amor próprio seguindo estes quatro passos:

  1. Autorrespeito: pare para refletir acerca de quantas vezes você não demonstra respeito por si mesmo. Isso engloba, por exemplo, as suas horas de sono, a qualidade da sua alimentação, os seus limites físicos, a sua disciplina, os seus limites emocionais e os seus limites de trabalho;
  2. Autocuidado: você cuida adequadamente de seu coração, de seu corpo, de sua mente? Você tem se dado a atenção que merece, fazendo coisas prazerosas e desfrutando de momentos de descanso?
  3. Autoadmiração: como parte da autoestima, você deve apreciar quem você é enquanto ser. Isso requer o conhecimento de suas próprias virtudes, talentos e qualidades;
  4. Amor-Próprio: ele chega quando o autorrespeito já é uma realidade, assim como a autoadmiração e o autocuidado. Nesse ponto, você já se valoriza e, naturalmente, se ama.

Retornar ao coração significa não precisar dos outros para chegar à felicidade. Não importa se você está em casal ou sozinho, pois continuará valorizando a sua vida, os seus propósitos, cuidando de sua energia e espaço, fazendo as coisas que o deixam feliz.

Como limpar o coração

Para limpar seu coração, o primeiro passo é reconhecer o seu sofrimento e necessidades, assim como o que você merece e o que quer, ou decide, para escapar aos sofrimentos.

A decisão, a compreensão e a necessidade mais desafiadora está em desejar escapar das dores, das queixas, das lamentações e, finalmente, libertar seu coração. Para que isso aconteça, é preciso mais do que crescimento ou superação, é inelutável fomentar uma profunda transformação.

Transformar o seu ser é algo irreversível e demanda condições como: fazer-se responsável, conseguir estrutura, energia extra, consciência, atenção constante, auto-observação e conhecimento.

Aos negativos, inseguros ou preguiçosos, será menos difícil continuar fazendo queixas e se prender no papel de vítimas, cultivando a autossabotagem por meio da culpabilização de terceiros.

A limpeza do seu coração, enquanto processo, é iniciada pela decisão de observar atentamente o seu Mundo Emocional e, depois, desejar ir mais fundo, assumindo o controle das suas emoções e, portanto, da sua felicidade.

Como mudar seu Mindset em 4 passos

Para aumentar as suas chances de promover uma mudança eficiente em seu Mindset, Solar propõe os seguintes passos:

  1. Identificar e controlar sua antiga mentalidade: olhe de frente para os seus hábitos mentais, os paradigmas e os conceitos que mais repete e definem seu cotidiano;
  2. Lutar para consolidar um novo Mindset: abra espaço em sua vida mediante a eliminação de pensamentos, sentimentos e atitudes danosas, que o impedem de atingir os seus objetivos;
  3. Eliminar, de uma vez por todas, a antiga mentalidade: a substituição dos pensamentos, sentimentos e hábitos antigos deve visar a constituição de novas estruturas que estejam alinhadas com tudo o que você deseja realmente conquistar;
  4. Renascer com seu novo Mindset: segundo o autor, de 21 dias a 9 meses de prática ininterrupta, você terá condições de construir uma nova mentalidade poderosa, que o apoiará a viver alinhado com os seus sonhos.

Notas finais

A despeito do fato de que estamos em um mundo repleto de pessoas inseguras, frias, egoístas e obcecadas com o prazer, o dinheiro, a fama e o poder, há outras que conseguem manter a pureza de seus corações e um Mindset unificador, acolhedor, preocupado com os outros, realmente vendo a humanidade e, principalmente, acreditando no que os homens e mulheres têm de melhor.

Você também pode ser uma pessoa assim: de coração puro e amor incondicional, sendo um verdadeiro apoio para as pessoas à sua volta e um grande apoio para toda a humanidade, tanto por atos e palavras quanto pelo seu exemplo de vida. A escolha é sua!

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Quem escreveu o livro?

Investigador de culturas ancestrais e autor de mais de 50 livros, Suryavan Solar fundou a Organização Cóndor Blanco Internacional há mais de três décadas. Junto com a filha Sol Nyma, redefiniu o método Cóndor Blanco no final da década de 1990, vocacionado a formar seres humanos integrais e apoiar o despertar de seres autônomos. Para isso, utiliza simples e geniais ferramentas ancestrais, adaptadas ao mundo moderno. Suryavan... (Leia mais)

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